Como seria de se esperar, minha árvore genealógica
incluí muitos sobrenomes:
Aimani, Andrade, Bado, Berlato, Benetti, Braggion, Brazzi, Cabral, Couto, Foralosso, Feltrin, Furlan, Lodi, Manfré, Marzenta, Martins, Nibale, Pacheco, Passini, Piva, Rodella, Soragni, Vetorella, Zanetti,entre outros. Percebi então que eu nao era Arnaldo Antonio Rodella apenas, mas, Arnaldo Antonio "Rodella e muitos mais".
INTRODUÇÃO
Comigo isso também aconteceu. No fundo
mesmo, eu não me conformava em saber tão pouco sobre minha história. Eram
muitas as perguntas. De onde vim ? Porque nasci no Brasil e não na Europa ?
Faço parte da descendência dos italianos expatriados "senza radice",
que até hoje é compelida a procurar uma identidade e origem? Teria o banzo ou
as neuroses dos imigrantes recém chegados ao Brasil se perpetuado e
transmitidos para as gerações posteriores?
Enfim,
depois de tentar bastante, consegui muita coisa. Gostei de bancar o detetive,
fazer deduções, prever relações entre pessoas, estimar datas, arriscar locais. Uma
arvore genealógica básica pôde ser estabelecida e o meu objetivo inicial foi conseguido: conhecer os nomes de todos os meus tataravós, pelo menos.
Valeu a pena. Nomes de pessoas
desconhecidas, certamente incultas e analfabetas, sem brasões, foram se encaixando
numa seqüência que não terminava em mim, mas continuava nos meus filhos.
Era se sentir parte de um processo
vital. Era na verdade uma homenagem a uma historia de coragem, desprendimento e
sofrimento, que eu nem de longe desconfiava terem sido tão grandes.
Dos meus oito bisavós, sete deles vieram da Itália. Os casais Bortolo Rodella e Luiggia Feltrin e Francesco Braggion e Antonia Manfré, vieram casados para a região de Piracicaba, SP. Francesco Pasin, depois Passini, casou-se com Emilia Brazzi em Indaiatuba, SP. Albina Zanetti veio da Itália com 4 anos e casou-se em Descalvado, SP, com Manoel Couto, que veio de Portugal.
NÚMERO DE VISTANTES:
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